tons de dentro

notas soltas ou músicas completas vindas de dentro de mim...

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Localização: entre Aveiro e o Porto, Portugal

quinta-feira, julho 28, 2005

Combaterei com esta arma!

Num Mundo que anda tão desconcertado, onde a liberdade e a igualdade é atacada de forma cruel, só uma arma pode vencer! Estou certa de que venceremos esta guerra! O inimigo é quase fantasma, não o vemos, não sabemos como se move... Ataca-nos na escuridão, não tem rosto! Mas o Mundo que quero deixar aos meus descendentes tem de ser melhor, muito melhor...
E o poema que escolhi tem de ser o ponto de partida para a mudança, tem de ser o motor de arranque para a Paz, que só pode sair de dentro de nós para impregnar a Humanidade!

Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis da furalina.
Erecta, na torre erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.

António Gedeão (1906/1997)

terça-feira, julho 26, 2005

Picar o ponto!

Nada de muito significativo me interessa hoje a não ser que entro de férias daqui a, precisamente, 30 dias! Tudo o resto vale pouco...

quinta-feira, julho 21, 2005

130 dias depois...

Ao centésimo-trigésimo dia cai o ministro das finanças! Li e ouvi algumas coisas e tenho uma conclusão e uma dúvida:
  • Conclusão: Ele quis equilibrar as contas públicas pedindo sacrifício; os outros querem ganhar eleições, fazendo folclore com o investimento público! O homem, no dia 5 de Março (a uma semana de ser ministro), diz que o aumento dos impostos pode ser inevitável, sendo desmentido pelo futuro chefe do executivo. Começou mal... Daí até hoje, uma sucessão de trapalhadas aconteceram. Fica-nos a ideia de que o homem queria equilibrar as contas públicas, sabendo que apenas com sacrifícios isso se consegue; fica-nos também a ideia de que a máquina socialista não gostou destes anúncios de mais medidas de contenção a 3 meses das autárquicas...
  • Dúvida: Ele diz que se demite por razões pessoais, familiares e de cansaço... Não acredito e pergunto-me: terá sido convidado a demitir-se através de convite do próprio chefe do executivo ou da dupla ministro da economia/ministro das obras públicas?

Os governos socialistas dão-se mal com ministros muito técnicos e pouco políticos. O homem afrontou os "grandes e urgentes" investimentos públicos, avisou que vinham aí mais medidas difíceis e como não faz parte da máquina partidária... foi o primeiro a cair!

quarta-feira, julho 20, 2005

Do contexto...

Ontem, andava toda a comunicação social louca com a entrevista do chefe da Diplomacia nacional, que tecia algumas considerações e reparos ao trabalho do governo. Ouvido o homem, que estava em África, fiquei surpreendida com o tom crispado e algo alterado do chefe de todos os Diplomatas, que alegava estarem fora dos contexto as suas palavras... Não pude deixar de pensar numa definição engraçada para a palavra Diplomata: "é aquele que te diz "vá à merda" de uma tal maneira, que ficas ansioso para começar a viagem". Ora, ontem, o senhor foi tudo menos um exemplo de Diplomacia! Estava tão nervoso, o professor...
Hoje, li a tal entrevista e concluo três coisas:
  • Ele alega falta de contexto das suas palavras... Eu digo que quem está descontextualizado é ele...
  • Ele diz-se "estruturalmente pró-americano e conjunturalmente antiguerra do Iraque"... Eu digo que ele é estruturalmente um centrista e conjunturalmente um socialista, com tudo o que de oportunista tem esta sua entrada (e provável saída) deste governo...
  • Ele cita Xenofonte dizendo "A principal arte da política é a arte da persuasão"... Eu cito- imaginando o pensamento de sócrates (que não o filósofo, claro)- Caio Júlio César "Até tu, Brutus, meu filho?"

Esta é a minha análise pessoal (parcial e tendenciosa, assumo) de uma entrevista que chega a tocar as raias da inveja, de alguém que desceu demasiado baixo... Não consigo citar o autor, mas professor freitas do amaral: "Em política não vale tudo"!!!!

Após a escrita-As minúsculas nos nomes próprios são propositadas...

terça-feira, julho 19, 2005

I have a dream...

Amanhã darei um passo importante na realização de um sonho! Vou entregar a candidatura ao Ensino Superior, para tentar entrar no curso que sempre quis tirar: Relações Internacionais.
Nesta caminhada de 2 meses tive sempre por perto algumas pessoas que fazem parte da minha vida, que não nomeio, mas que elas sabem quem são! A elas o meu OBRIGADA, para elas o meu resultado final! Mas hoje quero mesmo é lembrar alguém que já não está comigo, de quem me lembrei especialmente nos dia dos exames (e em todos os outros também): o meu avô Armindo! Por tudo o que vivemos juntos, pelas histórias contadas tantas e tantas vezes, pela forma de viver em paz e pelas saudades que doem todos os dias mais, é a ele que dedico, especialmente, este sonho!!
Fazes-me falta, mas sei que de onde estiveres vais estar sempre a torcer por nós!
Obrigada, avô!!

sexta-feira, julho 15, 2005

Curiosidade engraçada

«Napoleão Bonaparte, durante suas batalhas usava sempre uma camisa de cor vermelha. Para ele era importante porque, se fosse ferido, na sua camisa vermelha não se notaria o sangue e os seus soldados não se preocupariam e também não deixariam de lutar. Toda uma prova de honra e valor.»
Duzentos anos mais tarde, Sócrates usa sempre calças castanhas.


P.S. (salvo seja) - Esta é uma pequena provocação que resolvi incluir aqui no "livro", enviada por uma amiga! Obrigada Helena!!

quarta-feira, julho 13, 2005

Estranho... MUUUUITO estranho...

O país arde há uns dias e o que mais me faz confusão (tirando, claro, a catástrofe que é mais um ano de inúmeros incêndios) é que, desta vez, não se pede contas ao ministro nem se tiram ilacções políticas! Estive a lembrar-me de outros anos e vejo que agora há esta diferença... Pequena, com certeza! É impressionante, quando tudo arde, o ministro (e o próprio governo) "apagam-se"!!!!
Que nervos que esta protecção me mete!!!




P.S.(salvo seja)- As letras minúsculas nos substantivos que deveriam ser escritos em maiúsculas são propositadas... Demonstra a pequenez com que os olho...

quinta-feira, julho 07, 2005

God save us!

Não deixam que nos esqueçamos deles! Fazem questão de nos lembrar que esta é uma guerra permanente! O terror está de volta!!
E hoje, somos todos Ingleses!!!

terça-feira, julho 05, 2005

Os amigos

Os amigos
O jornal "Público" tem a decorrer uma colecção interessantíssima. Os poemas da minha vida, são produto da leitura de algumas figuras públicas que, além de nos abrir o horizonte em termos poéticos, nos faz reflectir sobre as nossas próprias leituras. Estava a ler a colectânea de Mário Soares e surge-me um poema que me fez lembrar um acontecimento pessoal.
O meu pai teve um professor de Português no Liceu de quem ficou amigo até que a caminhada terrena do Mestre terminou. Lembro-me bem desse dia de Carnaval em que vi o meu pai comovido... Nas horas que passavam juntos, quando a doença ia alastrando, o Professor lamentava-se muito da ausência dos amigos e referia com frequência um poema de Camilo Castelo Branco.
Hoje ao ler a colectânea da autoria de Mário Soares encontrei-o e resolvi colocá-lo aqui, para que sirva de meditação.
Na nossa vida, quantas vezes já não sentimos os lugares dos amigos vazios? Quantas vezes os nossos caminhos se afastaram dos deles? Quantas vezes sentimos que estão perto nos bons momentos e desaparecem, qual fumaça, nos momentos mais duros?
Tantas e tantas vezes eles fizeram falta... Tantas e tantas vezes esperámos por eles... Tantas e tantas vezes eles não vieram, não ligaram... Tantas e tantas vezes perdoamos estas ausências, porque eles, afinal, são nossos amigos, pedaços imutáveis da nossa história pessoal, pedaços de nós...
Assim, ao meu pai e ao seu saudoso Mestre, aqui fica este soneto de Camilo.

Os amigos

Amigos cento e dez, e talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia!
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais.

Amigos centos e dez, tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia,
Que eu, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.

Um dia adoeci profundamente.
Ceguei. Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.

-Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego não nos pode ver...
Que cento e nove impávidos marotos!


Camilo Castelo Branco (Lisboa, 1825/1890)