tons de dentro

notas soltas ou músicas completas vindas de dentro de mim...

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Localização: entre Aveiro e o Porto, Portugal

quinta-feira, julho 28, 2005

Combaterei com esta arma!

Num Mundo que anda tão desconcertado, onde a liberdade e a igualdade é atacada de forma cruel, só uma arma pode vencer! Estou certa de que venceremos esta guerra! O inimigo é quase fantasma, não o vemos, não sabemos como se move... Ataca-nos na escuridão, não tem rosto! Mas o Mundo que quero deixar aos meus descendentes tem de ser melhor, muito melhor...
E o poema que escolhi tem de ser o ponto de partida para a mudança, tem de ser o motor de arranque para a Paz, que só pode sair de dentro de nós para impregnar a Humanidade!

Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis da furalina.
Erecta, na torre erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.

António Gedeão (1906/1997)