Saber de cor...

Há quanto tempo que não escrevia neste livro... Muito trabalho e pouca inspiração! Mas em alturas de folares, amêndoas e pão-de-ló não poderia deixar de vir dar um ar da minha graça! E porque não me apetece falar do facto de estar "between jobs" vou deixar a letra de uma música que tenho ouvido trautear, mas que desconhecia o conteúdo total. Por tê-la ouvido hoje e por ter achado que era daquelas letras que eu gostava de ter feito, se Deus ou as Tágides me dessem talento para tal, partilho-a. É daqueles casos de letra que pode ser cantada à pessoa com quem estamos ou à família que partilha connosco todos os dias; fala de amores incondicionais, viscerais e muito, mas muito cumplices. A ideia de saber de cor cada gesto ou sentimento dos que nos são próximos pode deixar a ideia de controlo, de domínio, no entanto a mim, deixa-me a sensação de transparência, de intimidade ou de simplesmente AMOR... E eu sei de cor alguns gestos dos que me são próximos, porque os AMO!!

Sei-te de Cor

sei de cor

cada traço do teu rosto, do teu olhar

cada sombra da tua voz e cada silêncio,

cada gesto que tu faças,

meu amor, sei-te de cor

sei cada capricho teu e o que não dizes

ou preferes calar, deixa-me adivinhar

não digas que o louco sou eu

se for tanto melhor

amor, sei-te de cor

sei porque becos te escondes,

sei ao pormenor o teu melhor e o pior

sei de ti mais do que queria

numa palavra diria:

sei-te de cor.

sei cada capricho teu e o que não dizes

ou preferes calar, deixa-me adivinhar

não digas que o louco sou eu

se for tanto melhor

amor, sei-te de cor

sei de cor

cada traço do teu rosto, do teu olhar

cada sombra da tua voz e cada silêncio,

cada gesto que tu faças

meu amor, sei-te de cor

Paulo Gonzo