tons de dentro

notas soltas ou músicas completas vindas de dentro de mim...

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Localização: entre Aveiro e o Porto, Portugal

terça-feira, junho 26, 2007

Hasta el cielo!

Jugando la copa de la vida, el pueblo de mi país se va muriendo. Se va muriendo a cada paso, a cada bolívar que hace falta para comer, a cada palabra cerrada en el pecho.
Mi pueblo llora en silencio y con eso se pierde el color caribeño, se pierde el alma llanera.
Yo creo que volverá a ser libre mi Pátria! Libre como el turpial, enorme como el araguaney y lleno de orquídeas multicolores que nos enseñen la verdadera definición de LIBERTAD, porque el reloj de la vida no pára!

terça-feira, junho 19, 2007

Património ambidestro

No ido ano de 1994, era eu uma adolescente, assisti ao meu primeiro concerto num Estádio. Voltei a Estádios para ver concertos mais um par de vezes, mas não voltei a um tão grande (mea culpa, que ainda não fui ao Dragão). O Estádio José de Alvalade teve o condão de agregar duas efemérides na minha vida: a ida a um concerto de alguma dimensão e a entrada num palco desportivo daquele tamanho! Estava maravilhada, até porque tinha dormido em casa de uma amiga, em Loures, e também me tinha estreado no Metro. Bem, mas o que importa é que nesse dia de tantas novidades eu ia a Alvalade ver um concerto-tributo a Zeca Afonso, que reuniria 20 músicos e grupos nacionais, num momento em que a música portuguesa teve um grande lugar de destaque! Todos os músicos cantariam um tema de Zeca e outro pessoal. Era, portanto, um agradável momento musical. E eu descobri nele, ou aprofundei nele, Zeca Afonso. E discordo de opiniões mais tendenciosas de que o cantor é um património da Esquerda... De intervenção sim, de Esquerda acho redutor. Temos o Zeca de Coimbra, das canções populares, o das baladas e canções... Temos um Zeca Trovador, que sente a língua portuguesa de uma forma sincera e orgulhosa e eu descobri-o cedo, felizmente! E tenho por ele uma admiração enorme que vai para além das ideias políticas, porque entendo que Zeca Afonso é um património da Esquerda e da Direita, porque é um património de Portugal!
O texto vai longo e o que acima foi dito deveria, apenas, ter sido um intróito (gosto desta palavra), uma vez que ontem tive o privilégio de assistir a um espectáculo notável: Steel Drumming canta Zeca Afonso com voz de Miguel Guedes. Foi soberbo pela percussão e pela voz e foi, sobretudo, original por ter mostrado um Zeca diferente! Conheci sons para mim novos, ainda que bem próximos da minha terra natal, e reconheci no Miguel Guedes um certo tom de Tuna, talvez reminiscência de vivências passadas! Resumindo, descobri um som caribenho muito bom e descobri (agora todos os fãs dos Blind Zero ficarão chocados) que o Miguel Guedes não só é um grande Portista como também é um grande cantor!
E por todas estas descobertas, mais as que em cima ficam ditas: OBRIGADA ZECA AFONSO!