Sentimentos de um país, de uma língua, III
Camões Nem tenho versos, cedro desmedido, Da pequena floresta portuguesa! Nem tenho versos, de tão comovido Que fico a olhar de longe tal grandeza. Quem te pode cantar, depois do Canto Que deste à pátria, que to não merece? O sol da inspiração que acendo e que levanto Chega aos teus pés e como que arrefece. Chamar-te génio é justo, mas é pouco. Chamar-te herói, é dar-te um só poder. Poeta dum império que era louco, Foste louco a cantar e louco a combater. Sirva, pois, de poema este respeito Que te devo e professo, Única nau do sonho insatisfeito Que não teve regresso! Miguel Torga 10 de Junho-Por Portugal, por Camões e pelas comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo! |
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